2007/12/29


Cardel 2001

Ardeu no início de Julho de 2001. Já ardera em 1996 embora nesta altura não atingisse a parte de pinhal na zona alta virada a nordeste.
Ardeu totalmente desta vez.
Retirei toda a madeira de eucalipto até Outubro e limpei todo o vale. A parte de pinhal ainda estou a retirar e a limpar. Toda esta lenha foi cortada e armazenada para uso doméstico.
Vou eliminar os novos rebentos de eucalipto impedindo a sua regeneração.
Os pinheiros que nascerem espontâneamente vou deixá-los crescer.
No vale vou colocar 70 castanheiros de madeira e certificados pelos Viveiros de Castromil : 500$00 cada ( 2.5 Euro).
Nas orlas ou fronteiras vamos fazer um reforço dos marcos limite e plantar aí árvores de sombra e que contrariem o avanço dos incêndios : Platanos e carvalhos.
Pelo meio metem-se arbustos ou árvores menores : loureiros, medronheiros, espinheiros.
Nas zonas altas vou meter nogueiras pretas ( junglans nigra ) que tenho em viveiro com 2 anos.
Também vamos transplantar pequenos carvalhos para esta zona .
Nos anos seguintes o mato deve ser controlado, assim como o crescimento das árvores fazendo as substituições que forem necessárias Deve controlar-se radicalmente as zonas de fronteira para eliminar fogos daqui a quatro anos.
Estes foram apontamentos tirados nessa altura. Hoje passei por lá, depois de meses sem vontade de lá voltar e verificar o efeito devastador do grande incêndio de Agosto de 2006 em Aguiar de Sousa.
Desta feita já não há regeneração de pinheiros, só de eucaliptos resultantes das sementes lançadas dos eucaliptais anexos. Nada a fazer, senão tentar adivinhar quando será o próximo incêndio. Mais ano, menos ano, já surge assim como acontecimento inevitável. De nada adiantou ter o mato cortado no ano anterior, e feito o controlo de infestantes.

1 comentário:

Luciano Lema disse...

desanimador, no mínimo.