2008/03/31

Não estou deprimido, nem nada parecido. Mas hoje foi um dia em que me chegaram mensagens. Encontrei um colega de curso e achei-o envelhecido. Ele por sua vez falou-me de um outro nosso colega que está muito doente. Fui buscar umas análises e pela primeira vez tenho que me preocupar com os resultados. Também não podia ser de outra maneira. Nestes últimos anos não faço exercício, não ando a pé e como sem regra.
Este post fica para me lembrar que tenho de alterar hábitos. É o último dia do mês: excelente para fazer balanços mensais.

2008/03/30


Ontem à noite estava exausto de trabalho físico. Foi todo o dia a cortar pinheiros queimados, ainda do grande incêndio de 2006.
Tinha de ser. Estavam sobranceiros à estrada e ameaçavam tombar a qualquer momento. No chão despontam centenas de outros pequenos pinheiros. Por cima e em número muito superior já estão milhares de eucaliptos que já não é possível arrancar com a força dos braços. Alguns já estão com 2 metros. Aquilo que não vou conseguir fazer é a limpeza completa da área, arranque dos eucaliptos, e plantio de folhosas em grande número. Sempre o mesmo motivo: não há tempo.

2008/03/23



As notas do segundo período foram boas.

A excepção foi a Carolina que como a própria confessou à tia:

- Espalhei-me na Matemática, mas não digas nada à minha mãe que depois eu preparo-a, e digo-lhe quando ela estiver mais calma. Deu-me uma branca.

Temos de estar atentos à Carolina. Não pelas brancas, mas sobretudo pelo excesso de televisão, de PSP, e muito recentemente de internet, sobretudo com hi5 e outros. Mas com a vida ocupada como temos não é nada fácil estar atentos.

2008/03/22



Depois de 34h consecutivas a trabalhar, bastaram 10h de sono seguido, para fazer uma viagem rumo a Alvor.

Fomos buscar as pequenas que estiveram uma semana em casa da prima Clarisse, desfrutando entre outras coisas, desta praia.

2008/03/17



Há duas semanas atrás ligou-me a Carolina, e com a clareza e frontalidade que a caracteriza disse-me de imediato:

- Pai, fiquei em terceiro lugar. Até tive de subir aquele degrau para receber a medalha. O Senhor que me deu a medalha cheirava a perfume.

Desse dia intenso de trabalho, de que já não sou capaz de me lembrar, ficam estas pequenas coisas capazes de ficar na memória...

2008/03/07


O quarto delas


Amanhã tinha como objectivo mais alguns trabalhos de floresta em Aguiar. Porém a Beatriz perguntou se eu ia ver o jogo dela do Andebol Escolar. Pois é, se eu não for serei imediatamente acusado de que quando era a Mariana ia sempre ver. Difícil ser pai em triplicado. Tenho de fazer o mesmo com todas e esforço-me por isso. Mesmo assim acusam-me frequentemente de tomar partido. Ainda há pouco a Carolina me quis mostrar qualquer coisa que tinha num dedo. Nessa altura estava ocupado e não prestei muita atenção:


- Ah! Se fosse a Mariana ias logo a correr buscar gelo!


Não! Não me estou a lamentar. Elas são do melhor que tenho na vida. Só lamento não poder dedicar-lhes todo o tempo do mundo.


2008/03/01


Na figura: Livraria Lello - um lugar de culto!
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Entrei no Centro Comercial, dirigi-me à Livraria para escolher apressadamente um livro, para ler na viagem de comboio de Lisboa para o Porto.
Fui incapaz de escolher um.
Senti-me confuso e desconfortável. Demasiados títulos em tantos escaparates. As capas dos livros e os títulos são cada vez mais apelativos. Fui incapaz de escolher, e senti urgência em fugir daquele lugar.
Porque teria de encontrar algo para me distrair naquelas 3 horas de viagem? Decidi seguir apenas comigo, nem o PC iria ligar. Também não iria dormir apesar do cansaço, porque sei que ressonaria e não queria incomodar ninguém.
Porque não ver paisagem enquanto fosse dia? Foi bom pensar no que tenho de bom, na minha companheira, nas minhas filhas, demoradamente, sem pressas... a viagem correu num ápice.
Ah! Voltei a raciocionar sobre aquelas teorias malucas que tenho sobre o Tempo em que este aparece assim como uma espécie de software. Um destes dias, talvez noutra viagem de comboio, em vez de só refletir, pego no lápis e tento escrever o que penso.