O dia de hoje fez-me lembrar Torga.

Frio, neve...aldeias perdidas.

As relações fortes, a palavra de honra, o sentimento...

Um edital afixado na junta de freguesia levantava a proibição de fazer fogueiras a 16 de Outubro.
Na manhã de ontem Recarei parecia o Missipi em chamas tantas eram as fogueiras.
Depois do programa que deu na segunda-feira sobre o efeito de estufa, pensei nas minhas filhas e vieram-me lágrimas aos olhos.

Há gente que gosta de opinar sobre tudo: política, futebol, crimes, cultura, etc. Na maior parte destes temas, podemos dizer que são opiniões e valem sempre como tal.
Mas quando se fala do CERN e do novo LHC sem se ter a mínima ideia do que se está a dizer, é caso para citar uma frase célebre recente: - Porque no te callas?
E tanta gente por estes dias deveria ter estado calada.

Muro de lousa em casa de lavrador centenária. Pátio interno ou chiqueiro.

Outeiro - Recarei

Lindo!

O tempo passa muito mais devagar aqui.

É urgente desacelarar.

http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755&hl=en

Um livro editado sobre o passado de Recarei, ou pelo menos uma parte da sua história. Sei que foram 3 anos de trabalho empenhado e com gosto no levantamento que estavam a fazer.

Parabéns ao Ivo e restantes colaboradores pelos textos, pela compilação e pelo livro que é muito bonito. Preservar a memória é um acto louvável sempre.

Nas noites quentes de verão estes amigos não são nada discretos.

Com os vidros abertos é possível ouvi-los no meio da folhagem nas primeiras horas da noite.

O problema é que a sua azáfama leva-os a procurar outras paragens e as ruas são fatais para muitos deles.

À procura de emoções fortes.

Vontade das teenagers.

Muita alegria.

Tempos de família fora da rotina são autênticas pérolas.

Um dos sítios mais belos, aqui a 20Km do Porto.

O nosso estimado amigo Domingos faz corar de inveja qualquer arquitecto paisagista.

Para além de planear, executa, dá forma, e faz-nos sentir bem naquele pequeno pedaço de mundo.

Mar, férias, dias felizes...despreocupados.

A praia está boa. Água quente, nada de nortada, e muito mais civismo do que há uns anos. O optimismo destes dias só é abalado pela leitura matinal do jornal.

Em férias deveríamos apenas ler bons livros!

Faz 3 anos este Verão. Recarei ardeu completamente. O resultado são os montes e colinas despidos de árvores, com excepção de eucaliptos. A verdejante aldeia tem agora a envolvê-la uma paisagem árida.`

Na parte de combate ao fogo evolui-se este ano para uma situação de proximidade, ao colocar os bombeiros estacionados nesta zona. Também aumentou a vigilância e as brigadas móveis.

A parte estruturante é que pouco evoluiu. Passos tímidos na constituição de uma ZIF, e nenhuma actividade de reflorestação.

Parece que em ano próximo, com condições climatéricas propícias, com a vegetação combustível mais crescida, será inevitável outra situação igual à de há 3 anos em Recarei e de há 2 em Aguiar de Sousa.

O tempo passa. Despertam novos interesses, mas nem pensar em retirar do quarto certos companheiros, mais reais que imaginários em determinadas fases da vida.

Ontem num jogo a recordar tempos idos. O Nun'Álvares, o Sobreirense, o Vasco da Gama e outra selecção de veteranos num torneio quadrangular renhido disputado na Sobreira.

Hoje doi-me o corpo todo. Mas como sempre valeu a pena jogar futebol. Bem melhor que o dia de trabalho nesta segunda-feira.

Andebol de Praia em Matosinhos hoje e amanhã.

Não sei quem organiza, mas quero mostrar a minha admiração por todos quantos voluntáriamente ali estão organizando e participando neste convívio desportivo.

A Mariana adora isto.

Chegaram as férias! Bem merecidas!

A Escola de agora é um massacre na maior parte do tempo!

Demasiado tempo por dia!

Demasiados dias!

Precisa-se urgentemente de actividades fora das aulas convencionais. Invente-se uma Escola nova.

No primeiro dia de sol verdadeiramente escaldante deste Junho, um ramo que representa 1/3 desta catalpa começou a secar. Não consegui encontrar uma causa, e por isso posso imaginar que a árvore tomou uma decisão difícil: descartar uma parte de si própria para permitir a sobrevivência da restante perante condições climatéricas adversas.

Tomar decisões difíceis é algo para que nunca estaremos preparados. E depois ficaremos sempre com uma mágoa, ainda que a decisão tomada seja a correcta.

Contava-se que no Rio Sousa ao lapiar (nome local dado à actividade de apanhar o peixe à mão, que se refugia nas fendas das paredes de lousa do Rio Sousa) um certo homem submergiu por largos segundos e depois insistentemente agitou a mão de fora de água. Os companheiros foram-lhe dando para a mão ramalhos, que normalmente eram necessários para tapar fendas de forma a encurralar o peixe.

Quando finalmente ele imergiu na tona da água gritou:

- Não eram ramalhos, o que eu queria era o machado para cortar o braço porque estava preso!

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Mostra de artesanato na EB 2,3.

Andaram entusiasmadas com este evento e outro semelhante durante o fim de semana no centro de Recarei.

O cultivo do linho nesta região Duriense, em particular neste cantinho do seu afluente Sousa, deve ter sido fundamental durante séculos. Os trajes de linho retratados nos ranchos folclóricos eram usados de forma generalizada.

O cultivo do linho e todo o processo de transformação estiveram expostos na EB 2,3 de Sobreira nesta semana de actividades e mostra de artesanato.

Tudo graças a pessoas que em Recarei e Sobreira se empenham em manter viva esta actividade.

Lordelo - Paredes

Espectáculo tendo por protagonistas alunos do primeiro ciclo do concelho de Paredes. Lá estava a Carolina dentro daqueles bicharocos que ajudam a produzir energia a partir da Biomassa.

O tema era o ambiente. A mensagem passada foi boa. Muito bem conseguido. De parabéns os professores que colaboraram na iniciativa da CM de Paredes. A turma da Margarida também passou muito bem bem a mensagem de consumir menos e poupar energia.

O Centro Cultural da Associação Lord é excelente.

Esta semana tive de levantar-me às cinco horas. O dia estava a nascer. O mundo era dos pássaros. Fiquei absolutamente fascinado com os sons de diferentes e inúmeras aves a rasgar o silêncio quase absoluto. Por momentos senti-me numa floresta tropical.

Este é o tronco de uma catalpa que nasceu lá em casa mesmo no meio do cimento aproveitando uma minúscula brecha.

Foi crescendo, ganhando espaço, e actualmente já projecta uma bela sombra sob os seus 5 metros.

A forma como a vida agarra cada oportunidade é fascinante, e coloca-nos questões: Como? Porquê? Para quê? Ao serviço de quem?

A nossa craque esteve hoje todo o dia numa Megamaratona de futebol em Paredes. Ela adora futebol, e é entusiástica na forma como fala do jogo. Contudo não tem a habilidade inata para a modalidade, mas isso não é relevante. Gostar do desporto e de o praticar é que é importante.

A agenda da próxima semana inclui o regresso aos treino e à competição da Mariana, depois de 4 semanas de fisioterapia a recuperar da lesão nos dedos.
A Bia vai estar com a Escola nas finais do Desporto Escolar de Andebol, no próximo fim-de-semana. Lá teremos de dar um passeio até Afife.

Há uns anos atrás o nosso quintal era uma verdadeira horta. O meu pai tratava dele de forma exemplar. Hoje ao fotografá-lo com este aspecto selvagem, até o achei bonito, mas fiquei com saudades...

O meu pai ensinou-me muitas coisas, as mais importantes sem dúvida.

Não sobrou muito tempo para o acompanhar em todos estes detalhes do ciclo anual da horta.

O trabalho esta semana foi tudo menos enfadonho:
Na terça levou-me a Santarém, e depois a um jantar numa tasca na Pontinha em Lisboa na companhia de colegas de trabalho, todos deslocados: do Porto, de Coimbra e do Algarve. Foram bons petiscos e boa conversa.
O dia seguinte levou-me bem cedo a Beja e de tarde o regresso ao Porto e a casa.
Hoje estive em S.João da Madeira, para almoçar em Coimbra, a caminho da Figueira da Foz.
Escrevo este post numa clínica no Estádio do dragão enquanto espero pela Mariana que está a fazer fisioterapia.
Volto a dormir em casa, e amanhã planeio deslocar-me a Braga.

Posso assegurar-vos: Portugal em Maio é lindo.
Enfadonho: é nestes quilómetros todos ouvir as rádios nacionais permanentemente com os mesmos temas, que nada interessam para a felicidade das pessoas. Ontem por exemplo ouvi dezenas de vezes que o PM vai deixar de fumar e que o País exige que a Uefa troque o FCP pelo SLB na próxima Liga dos Campeões.

Depois de um fim-de-semana junto com casais, todos com filhas , e capazes de fazerem tudo por elas, fiquei absolutamente enraivecido, quando hoje numa sala de espera, folheei o Diário de Notícias e deparei-me com uma artigo sobre um pai Iraquiano que invocando a sua honra, matou a sua filha esmagando-lhe o pescoço com a bota. A mãe desesperada tentou salvá-la e chamou os dois outros filhos jovens também. Estes vieram, colocaram-se do lado do pai e ajudaram à chacina.

Para ti Rand, jovem de 17 anos, a minha tristeza pela impotência de nada conseguir fazer, senão ajudar a divulgar.

Um dia já não são crianças!

Quando nos pedem para ficar pela primeira vez uma noite fora de casa num local e pessoas que não são da nossa confiança ficamos sem saber o que fazer!
Confiamos nela e neles ?
Rejeitamos de forma autoritária?
Cedemos com mil e um conselhos?
Fazemos uma cena à italiana com gritos e insultos?
Negociamos ou chantegeamos?
Pede-se conselhos aos amigos?
Descarta-se dizendo que isso é com a mãe?

Ficou pelo "à meia-noite vamos-te buscar". Da parte dela, uns olhos a revelar lágrimas, e no coração não consigo saber.

Forum Ambiente - que saudades!

Estive a folhear com a Mariana a minha colecção de revistas Forum Ambiente. Desta feita para encontrar literatura sobre espécies ameaçadas em Portugal, para um trabalho de grupo que ela tem de fazer na Escola.

Como é possível termos nos escaparates das tabacarias tantas revistas de tretas mundanas, e nem uma sobre ambiente, desde que esta acabou!

O desporto é fantástico. O grande contra são as lesões. Portugal tem muito que evoluir. As autarquias estão a dotar o país de boas infra-estruturas desportivas, e o incentivo ao desporto é real. Mas está desajustado no que diz respeito aos milhares de atletas amadores federados ou não, que praticam as diversas modalidades. Quando se contrai uma lesão fica-se com um calvário de problemas. Existem muito poucos especialistas, e a urgência do Hospital não trata, excepto lesões muito graves. Os clubes amadores, as associações e as Escolas não dispõe de corpo clínico. As clínicas especializadas em medicina desportiva são poucas e caras. O Estado deve promover o desporto para todas as idades, mas tem em paralelo de desenvolver a protecção da saúde dos atletas de uma forma efectiva.

A mobilização das pessoas para causas públicas, sejam elas quais forem, já não é o que era.

Há uns anos atrás o espectáculo e convívio popular promovido pelo SC Nun'Álvares neste 1º de Maio teria tido muito mais gente. Ainda assim reuniu cerca de 1000 pessoas, na sua grande maioria crianças e jovens. Também foram muitos os que voluntáriamente trabalharam na sua realização.

A receita reverteu para as obras dos balneáreos do novo complexo desportivo.

Um 25 de Abril a cada 10 anos para renovar caras e ideias será uma utopia.

Mas não estamos fartos de ver sempre os mesmos?

Eram jovens em 1974, e tiveram uma oportunidade que outros antes não tiveram. Parece grave que democraticamente se impeça as novas gerações saída dos anos noventa e mesmo de novo século de terem oportunidade de mostrar que podem fazer melhor que os antecessores.

Confesso que já não consigo ouvir os Pachecos Pereiras, os Santanas, os Jardins, os Constâncios, e todos dessa geração: - Okay, muito obrigado, mas agora façam como os jogadores de futebol, que ao fim de 12 anos penduram as botas. Os bons serão sempre recordados como exemplo.

Agora, deixem a geração dos telemoveis e da net entrar em cena.

Renove-se o 25 de Abril.

As casas estão do lado de cá do rio Sousa. O outro lado é justamente chamado de Além-do-Rio. As minhas janelas olham para esta paisagem desde há mais de quatro décadas. Já foi completamente arborizada. Os incêndios alteraram a imagem. Ainda assim, tê-la, é um privilégio, e a retoma dos matos é muito rápida. Tudo isto ardeu completamente em 2005.

Recarei - 1930

Recarei - 2008

Mais um laborioso trabalho da CM de Paredes.

O extraordinário é que os mais de 100 alunos desta escola primária do Calvário não têm direito a uma única sombra durante os dias quentes que se avizinham.

Coitada da Carolina e dos seus amigos.

Cores de primavera ontem. Um dia lindo e quente.

Na véspera plantei três cerejeiras e uma amendoeira, gentilmente trazidas pela Célia de S. João da Pesqueira.

A chuva de hoje foi benvinda.

Deste ninho já saíram os petizes. Temos observado a habilidade dos melros progenitores a tentarem iludir os gatos que por aqui vagueiam, e que são um perigo para os inexperientes petizes que esvoaçam atabalhoadamente, aterrando em quaquer sítio, por exemplo junto aos meus pés.

Não estou deprimido, nem nada parecido. Mas hoje foi um dia em que me chegaram mensagens. Encontrei um colega de curso e achei-o envelhecido. Ele por sua vez falou-me de um outro nosso colega que está muito doente. Fui buscar umas análises e pela primeira vez tenho que me preocupar com os resultados. Também não podia ser de outra maneira. Nestes últimos anos não faço exercício, não ando a pé e como sem regra.
Este post fica para me lembrar que tenho de alterar hábitos. É o último dia do mês: excelente para fazer balanços mensais.

Ontem à noite estava exausto de trabalho físico. Foi todo o dia a cortar pinheiros queimados, ainda do grande incêndio de 2006.

Tinha de ser. Estavam sobranceiros à estrada e ameaçavam tombar a qualquer momento. No chão despontam centenas de outros pequenos pinheiros. Por cima e em número muito superior já estão milhares de eucaliptos que já não é possível arrancar com a força dos braços. Alguns já estão com 2 metros. Aquilo que não vou conseguir fazer é a limpeza completa da área, arranque dos eucaliptos, e plantio de folhosas em grande número. Sempre o mesmo motivo: não há tempo.

As notas do segundo período foram boas.

A excepção foi a Carolina que como a própria confessou à tia:

- Espalhei-me na Matemática, mas não digas nada à minha mãe que depois eu preparo-a, e digo-lhe quando ela estiver mais calma. Deu-me uma branca.

Temos de estar atentos à Carolina. Não pelas brancas, mas sobretudo pelo excesso de televisão, de PSP, e muito recentemente de internet, sobretudo com hi5 e outros. Mas com a vida ocupada como temos não é nada fácil estar atentos.

Depois de 34h consecutivas a trabalhar, bastaram 10h de sono seguido, para fazer uma viagem rumo a Alvor.

Fomos buscar as pequenas que estiveram uma semana em casa da prima Clarisse, desfrutando entre outras coisas, desta praia.

Há duas semanas atrás ligou-me a Carolina, e com a clareza e frontalidade que a caracteriza disse-me de imediato:

- Pai, fiquei em terceiro lugar. Até tive de subir aquele degrau para receber a medalha. O Senhor que me deu a medalha cheirava a perfume.

Desse dia intenso de trabalho, de que já não sou capaz de me lembrar, ficam estas pequenas coisas capazes de ficar na memória...

O quarto delas

Amanhã tinha como objectivo mais alguns trabalhos de floresta em Aguiar. Porém a Beatriz perguntou se eu ia ver o jogo dela do Andebol Escolar. Pois é, se eu não for serei imediatamente acusado de que quando era a Mariana ia sempre ver. Difícil ser pai em triplicado. Tenho de fazer o mesmo com todas e esforço-me por isso. Mesmo assim acusam-me frequentemente de tomar partido. Ainda há pouco a Carolina me quis mostrar qualquer coisa que tinha num dedo. Nessa altura estava ocupado e não prestei muita atenção:

- Ah! Se fosse a Mariana ias logo a correr buscar gelo!

Não! Não me estou a lamentar. Elas são do melhor que tenho na vida. Só lamento não poder dedicar-lhes todo o tempo do mundo.

Na figura: Livraria Lello - um lugar de culto!

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Entrei no Centro Comercial, dirigi-me à Livraria para escolher apressadamente um livro, para ler na viagem de comboio de Lisboa para o Porto.
Fui incapaz de escolher um. Senti-me confuso e desconfortável. Demasiados títulos em tantos escaparates. As capas dos livros e os títulos são cada vez mais apelativos. Fui incapaz de escolher, e senti urgência em fugir daquele lugar.
Porque teria de encontrar algo para me distrair naquelas 3 horas de viagem? Decidi seguir apenas comigo, nem o PC iria ligar. Também não iria dormir apesar do cansaço, porque sei que ressonaria e não queria incomodar ninguém.
Porque não ver paisagem enquanto fosse dia? Foi bom pensar no que tenho de bom, na minha companheira, nas minhas filhas, demoradamente, sem pressas... a viagem correu num ápice.
Ah! Voltei a raciocionar sobre aquelas teorias malucas que tenho sobre o Tempo em que este aparece assim como uma espécie de software. Um destes dias, talvez noutra viagem de comboio, em vez de só refletir, pego no lápis e tento escrever o que penso.

Os quadros interactivos vão muito em breve equipar as salas de aula de uma forma massiva. Na Exponor esteve a semana passada a "Qualific@" e estes quadros eram uma das grandes apostas da feira.

É inegável o poder didático destes quadros, a sua interacção com todos os tipos de conteudos, ou a facilidade de toda a turma estar sempre on-line.

Para as pequenas cá de casa, este mundo novo levanta preocupações e desafios diversos. Um deles, é que a nossa espécie que tão perfeita parece, começa agora a ficar inadequada. Os olhos por exemplo passam demasiado tempo por dia fixos no écran: computadores, quadros interactivos, play station portable, televisão ...

Os membros, sobretudo os inferiores, estão parados demasiado tempo. Para a mesma idade eu tinha seguramente muitos mais quilómetros de marcha e de corrida do que qualquer uma delas. Parece-me que tudo isto é contra-natura e deixa-me com muitas dúvidas sobre o percurso que todos estamos a seguir massivamente.

Requiem

Aquela Tília ao fundo já lá estava há 40 anos quando andei nesta escola. Na altura era muito maior, e os mais atrevidos subiam por ela acima. Protegia o recreio do sol nas horas de maior calor, e quando se enchia de flores perfumava a escola com o seu aroma.

Os briosos jardineiros da CM de Paredes decidiram (a mando de algum executivo iluminado) que desde 2003 as árvores não podiam sobreviver sem serem decepadas a seu gosto. Esta tília não escapou à serra, e foi reduzida para o tamanho que se vê na figura, obtida durante a festa final da Escola no verão de 2007. Na semana passada os briosos jardineiros cortaram-na rente, porque estava doente!!! Excelente regra: primeiro debilita-se a árvore e meia dúzia de anos depois corta-se porque está doente.

O interessante é que fizeram isso no parque José Guilherme no centro de Paredes. E o belo jardim que tinha décadas sucumbiu num instante.

Como diz um amigo meu, a certas pessoas deveríamos pagar-lhes bem para estarem quietas.

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O jardim da avó. Todas brincaram por lá. Imaginaram e sonharam. Até a mim me faz recordar a "Floresta" de Sofia M.B.

As avós diferenciaram-se de forma diferente:

M - "a outra avó"

B - " a avó branca"

C - "a avó do caminho"

Carnaval

tempo de alegria, simples e sã.

A Catarina com o sua mal formação genética, vive este dia com imensa alegria. Mas pelo que me relatam ela é feliz todos os dias.

A felicidade é difícil de objectivar; por exemplo, na Wikipédia, o que lá está é muito redutor : "Felicidade, alegria, júbilo ou contentamento são termos que representam um sentimento humano de bem-estar, euforia, empolgação, paz interna. O oposto de alegria é tristeza."

Apenas sabemos que cada um à sua maneira, busca a felicidade como um dos objectivos da sua vida.

Por vezes o beliche fica sobrelotado.

Timidamente a Carolina lá espreitou por detrás dos colegas de turma, devidamente equipados para um desfile de Carnaval.

Tarde de andebol dos alunos do 4ºano das Escolas de Recarei, Sobreira, e Aguiar de Sousa. Excelente iniciativa e tanto entusiasmo. A Carolina lá estava.

Parabéns, e nove golos deixam adivinhar mais uma jogadora de andebol cá em casa.

Devagar é certo, mas por vezes na direcção certa.

Quando comprei hoje um herbicida para combater as acácias, num daqueles pontos de venda que tem tudo para a agricultura e pecuária, tive de dizer o meu nome, e o número de série daquele frasco ficou registado. Tenho de devolver a embalagem. Se for encontrada abando nada no lixo comum, poderei ser identificado e pagar uma multa pesada.

Não é muito simpático, mas qualquer dia deveríamos ter prova de conhecimento sobre a aplicação destes produtos, com formação, quotas de utilização, etc. Mas será que as multinacionais que dominam o mercado vão deixar que se limite a comercialização destes herbicidas que estão intimimamente ligados à hegemonia no negócio dos milhos!

Dou por mim com frequência ao acompanhar as aulas das minhas filhas, a fazer comparação entre o meu tempo de liceu na década de setenta do século passado, e as EB e secundárias de hoje. A tendência é achar que nessa altura tudo era melhor, e que hoje a Escola pública está cheia de problemas, degradada... sendo por isso um problema gravíssimo da sociedade actual. Quando faço as comparações com objectividade, tenho de reconhecer que as coisas não são bem assim. Bons e maus professores sempre os houve, a indisciplina de hoje não é pior que a daqueles anos logo a seguir ao 25 de Abril, e o que vejo são livros escolares apelativos, muita fonte de informação e recursos, e vejo-os a fazer experiências que eu nunca fiz. Na figura os alunos vão observar de forma experimental, como se forma uma cratera após uma erupção vulcânica. Já no meu tempo haviam vulcões e nunca fizemos nada disto.